[Epileptic Encephalopathies of Childhood: The New Paradigm of Genetic Diagnosis]

Acta Med Port. 2020 Jun 1;33(6):415-424. doi: 10.20344/amp.12550. Epub 2020 May 31.
[Article in Portuguese]

Abstract

Introduction: Epileptic encephalopathies of childhood are characterized by early seizure-onset and adverse neurological outcomes. The development of new genetic techniques has allowed an exponential identification of the genes that are involved. Over the last years, we have observed a revolution in the diagnostic paradigm. However, there are no international guidelines regarding the diagnosis of genetic epileptic encephalopathies. We aim to discuss the current knowledge about the genetic architecture of epileptic encephalopathies of childhood.

Material and methods: review of the literature about infantile epileptic encephalopathies and the genetic tests currently available. A systematic approach and a diagnostic algorithm to use in clinical practice were proposed.

Results: Initially the patient's phenotype should be determined based on the seizure type, electroencephalogram pattern and neuroimaging. Patients with unclear etiology after brain magnetic resonance imaging should undergo an appropriate metabolic investigation to promptly exclude treatable conditions. Further studies should also include other genetic causes, mainly if associated with particular phenotypic features. Chromosomal microarray analysis should be firstly considered, particularly if dysmorphic or polymalformative abnormalities are present. If this is negative and/or there are no physical features, the next step should be next-generation sequencing multigene panels or whole-exome sequencing. Single gene study should only be considered when the patient's phenotype is highly suggestive of a specific syndrome.

Conclusion: The revolution of the genetic knowledge about epileptic encephalopathies of childhood has led to a complex diagnostic approach. This new paradigm poses significant implications in genetic counselling, treatment and prognosis.

Introdução: As encefalopatias epilépticas da infância constituem um grupo de patologias de início precoce e prognóstico neurológico reservado. O desenvolvimento das novas técnicas de estudo genético foi responsável pela identificação de novos genes implicados. Nos últimos anos, assistimos a uma revolução no seu paradigma diagnóstico. Contudo, actualmente não existem recomendações internacionais consensuais sobre a abordagem à investigação das encefalopatias epilépticas genéticas. Pretendemos discutir o conhecimento actual sobre a arquitectura genética das encefalopatias epilépticas infantis.Material e Métodos: Realizou-se uma revisão da literatura das encefalopatias epilépticas infantis genéticas e estudos utilizados no seu diagnóstico. Propomos uma abordagem sistematizada através de um algoritmo diagnóstico a utilizar na prática clínica.Resultados: Inicialmente deve-se determinar o fenótipo do doente com base no tipo de crises, padrão electroencefalográfico e neuroimagem. Nos doentes sem etiologia após resultados de ressonância magnética cranioencefálica, deve-se realizar estudo metabólico apropriado para o diagnóstico prioritário de doenças metabólicas tratáveis. A investigação de outras causas genéticas deve ser considerada, sobretudo perante características fenotípicas sugestivas. Primeiro deve-se realizar a análise de microarray cromossómico, principalmente se existirem alterações dismórficas ou polimalformativas. Se esta for negativa e/ou não existirem elementos físicos distintivos, o próximo passo deve ser realizar os painéis multigénicos ou sequenciação de exoma. Os estudos dirigidos do gene devem ser reservados para quando o fenótipo é indicativo de uma síndrome específica.Conclusão: A marcha diagnóstica das encefalopatias epilépticas tornou-se complexa com a expansão de conhecimentos genéticos. Este novo paradigma apresenta implicações terapêuticas, prognósticas e de aconselhamento familiar.

Keywords: Brain Diseases/complications; Child; Epilepsy/diagnosis; Genetic Testing.

Publication types

  • Review

MeSH terms

  • Algorithms
  • Child
  • Epilepsy / diagnosis*
  • Epilepsy / genetics*
  • Humans