Objective: To obtain data on bed refusal in intensive care units in Brazil and to evaluate the use of triage systems by professionals.
Methods: A cross-sectional survey. Using the Delphi methodology, a questionnaire was created contemplating the objectives of the study. Physicians and nurses enrolled in the research network of the Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIBnet) were invited to participate. A web platform (SurveyMonkey®) was used to distribute the questionnaire. The variables in this study were measured in categories and expressed as proportions. The chi-square test or Fisher's exact test was used to verify associations. The significance level was set at 5%.
Results: In total, 231 professionals answered the questionnaire, representing all regions of the country. The national intensive care units had an occupancy rate of more than 90% always or frequently for 90.8% of the participants. Among the participants, 84.4% had already refused admitting patients to the intensive care unit due to the capacity of the unit. Half of the Brazilian institutions (49.7%) did not have triage protocols for admission to intensive beds.
Conclusions: Bed refusal due to high occupancy rates is common in Brazilian intensive care units. Even so, half of the services in Brazil do not adopt protocols for triage of beds.
Objetivo: Conhecer dados sobre recusa de leitos nas unidades intensivas no Brasil, assim como avaliar o uso de sistemas de triagem pelos profissionais atuantes.
Métodos: Estudo transversal do tipo survey. Com a metodologia Delphi, foi criado um questionário contemplando os objetivos do trabalho. Foram convidados médicos e enfermeiros inscritos na rede de pesquisa da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIBnet). Uma plataforma da web (SurveyMonkey®) foi a forma de aplicação do questionário. As variáveis deste trabalho foram mensuradas em categorias e expressas como proporção. Foram usados o teste do qui-quadrado ou o teste exato de Fisher, para verificar associações. O nível de significância foi de 5%.
Resultados: No total, 231 profissionais responderam o questionário, representando todas as regiões do país. As unidades intensivas nacionais tinham mais de 90% de taxa de ocupação sempre ou frequentemente para 90,8% dos participantes. Dentre os participantes, 84,4% já deixaram de admitir pacientes em leito intensivo devido à lotação da unidade. Metade das instituições brasileiras (49,7%) não possuía protocolos de triagem de leitos intensivos instituídos.
Conclusão: A recusa de leito pela alta taxa de ocupação é frequente nas unidades de terapia intensiva do Brasil. Ainda assim, metade dos serviços do Brasil não adota protocolos para triagem de leitos.