Fasciola hepatica is a parasite with a worldwide distribution that affects several mammals, including humans, and is considered a public health problem. Therefore, the aim of this study was to determine the prevalence of Fasciola hepatica in humans, cattle and sheep, as well as to evaluate factors associated with the prevalence. A total of 185 serum samples from sheep, 290 from cattle, and 114 from humans were collected and processed using an in-house developed ELISA to detect IgG antibodies against F. hepatica. Additionally, 185 stool samples from sheep and 290 from cattle were examined using a Dennis sedimentation technique. Risk factors were analyzed using epidemiological surveys. The overall seroprevalence was 46.5% (86/185) in sheep, 32.5% (94/289) in cattle, and no humans tested positive for the infection. The coprological prevalence was 47.7% (86/180) in sheep and 33.7% (98/290) in cattle. Female gender and cattle living with alternate grazing management showed 2.5 and 6.5 times higher probability of infection, respectively. Bovines coexisting with sheep exhibited a higher risk of infection (odds ratio [OR]=4.3) compared to those without sheep. We concluded that F. hepatica in cattle and sheep has an endemic behavior, and therefore represents a problem of public health for rural communities.
Fasciola hepatica é um parasita com distribuição mundial que afeta diversos mamíferos, inclusive humanos, sendo considerado um problema de saúde pública. Portanto, o objetivo deste estudo foi determinar a prevalência de Fasciola hepatica em humanos, bovinos e ovinos, bem como avaliar fatores associados à prevalência de infecção em bovinos. Um total de 185 amostras de soro de ovinos, 290 de bovinos e 114 de humanos foram coletadas e processadas, usando-se ELISA desenvolvido internamente para detectar anticorpos IgG contra F. hepatica. Além disso, 185 amostras de fezes de ovinos e 290 de bovinos foram examinadas, usando-se uma técnica de sedimentação modificada de Dennis. Os fatores de risco foram analisados por meio de inquéritos epidemiológicos. A soroprevalência de F. hepatica foi de 46,5% (86/185) em ovinos, 32,5% (94/289) em bovinos, e nenhum humano apresentou resultado positivo para a infecção. A prevalência coprológica foi de 47,7% (86/180) em ovinos e 33,7% (98/290) em bovinos. Fêmeas e gado vivendo com pastejo alternado, apresentaram probabilidade 2,5 e 6,5 vezes maior de infecção, respectivamente. Bovinos coexistindo com ovelhas apresentaram maior probabilidade de infecção (odds ratio [OR]=4,3) em comparação com aqueles sem ovelhas. Concluí-se que a F. hepatica em bovinos e ovinos tem comportamento endêmico e, portanto, representa um problema de saúde pública para as comunidades rurais.