Astyanax lacustris is a small characid fish widely distributed in Brazil, with fast-growing and omnivorous feeding habits. Although the species presents economic and ecological importance, little is known about its parasitological fauna in stream environments. This study aimed to characterize the parasitic fauna of A. lacustris in two streams in the state of Paraná, Brazil. Fifty-two specimens of A. lacustris were collected, 22 from the Carolina stream (Lower Iguaçu River) and 30 from the Carreira stream (Upper Paraná River), in July and September 2018. In both streams, there was a low richness of parasites, and the structure of the parasitic community was predominantly composed of monogeneans. These findings may be associated with the gregarious behavior of the host species. Moreover, the low occurrence of endohelminths, may be associated with the fact that in streams, the energy flow is low, and depends directly on the input of allochthonous matter, which favors the formation of shelters for the establishment of macroinvertebrates, which represent important sources of food for the ichthyofauna, and may act as intermediate and paratenic hosts of parasites. These environments require further studies to support conservation measures aimed at maintaining the balance of ecological relationships in these preserved ecosystems.
Astyanax lacustris é um caracídeo de pequeno porte, amplamente distribuído no Brasil, com hábito alimentar onívoro e rápido crescimento. Embora a espécie tenha importância econômica, pouco se sabe sobre sua fauna parasitológica em ambientes de riacho. Este estudo objetivou caracterizar a fauna parasitária de A. lacustris em dois riachos do estado do Paraná. Foram coletados 52 exemplares de A. lacustris, sendo 22 no riacho Carolina (baixo rio Iguaçu) e 30 no riacho Carreira (alto rio Paraná), nos meses de julho e setembro de 2018. Em ambos os riachos, houve baixa riqueza de parasitos e a estrutura da comunidade parasitária foi caracterizada pela predominância de monogenéticos. Esses achados podem estar associados ao comportamento gregário da espécie hospedeira. Ademais, a baixa ocorrência de endohelmintos pode estar associada ao fato de que, nos riachos, o fluxo de energia é baixo e depende diretamente do aporte de matéria alóctone, que favorece a formação de abrigos para o estabelecimento de macroinvertebrados, os quais representam uma das principais fontes de alimento da ictiofauna, e podem atuar como hospedeiros intermediários e paratênicos de parasitos. Esses ambientes necessitam de mais estudos para subsidiar medidas de conservação que visem manter o equilíbrio das relações ecológicas nesses ecossistemas preservados.