Objective: To evaluate whether adolescents from sexual minorities who initiated pre-exposure prophylaxis (PrEP) in community-based organizations (COs) are more socially and HIV-vulnerable compared with their counterparts from a conventional health service. In addition, to evaluate whether these adolescents had more timely access to prophylaxis.
Methods: A PrEP demonstration study was conducted in the city of São Paulo in two COs, located in the center (CO-center) and the outskirts (CO-outskirts), and a conventional HIV testing service (CTA-center). Between 2020 and 2022, cisgender male adolescents who have sex with men (aMSM), transgender and gender diverse adolescents (aTTrans) aged 15 to 19 years, HIV-negative, with higher-risk practices for HIV were eligible for PrEP. Indicators of timely access and vulnerabilities of adolescents initiating PrEP in COs were analyzed using CTA-center as a reference and multinomial logistic regression.
Results: 608 adolescents initiated PrEP in COs and CTA-center. Adolescents from COs were associated with a shorter time to PrEP initiation (1-7 days; CO-outskirts: ORa = 2.91; 95%CI 1.22-6.92; CO-center: ORa = 1.91; 95%CI 1.10-3.31); and a lower housing Human Development Index (HDI) (CO-center: ORa = 0.97; 95%CI 0.94-1.00; CO-outskirts: ORa = 0.82; 95%CI 0.78-0.86). In CO-outskirts, there was an increased chance of adolescents being younger (ORa = 3.06; 95%CI 1.63-5.75) and living closer to the service (ORa = 0.82; 95%CI 0.78-0.86, mean 7.8 km). While adolescents from the CO-center were associated with greater prior knowledge of PrEP (ORa = 2.01; 95%CI 1.10-3.91) and high-risk perception (ORa = 2.02; 95%CI 1.18-3.44), adolescents from the COs were not associated with higher-risk sexual practices and situations of vulnerability to HIV.
Conclusion: The provision of PrEP in the COs facilitated access for vulnerable adolescents and may contribute to reducing inequities.
Objetivo: Avaliar se adolescentes de minorias sexuais que iniciaram a profilaxia pré-exposição sexual (PrEP) em organizações comunitárias (OC) apresentam maior vulnerabilidade social e ao HIV em comparação com adolescentes em PrEP de um serviço de saúde convencional. Além disso, avaliar se esses adolescentes tiveram um acesso mais oportuno à profilaxia.
Métodos: Estudo demonstrativo da efetividade de PrEP, realizado na cidade de São Paulo, em duas OC, localizadas no centro (OC-centro) e na periferia (OC-periferia), e em um serviço convencional de testagem para o HIV (CTA-centro). Foram elegíveis para PrEP, entre 2020 e 2022, adolescentes homens cisgêneros que fazem sexo com homens (aHSH), travestis, mulheres transexuais e pessoas transfemininas (aTTrans), de 15 a 19 anos, HIV-negativos e com práticas de maior risco para o HIV. Indicadores de acesso oportuno e de vulnerabilidades dos adolescentes iniciando PrEP nas OC foram analisados, tendo por referência o CTA-centro e empregando regressão logística multinomial.
Resultados: 608 adolescentes iniciaram PrEP nas OC e CTA-Centro. Adolescentes das OC estiveram associados a um menor tempo de início de PrEP (1–7 dias; OC-periferia: ORa = 2,91; IC95% 1,22–6,92; OC-centro: ORa = 1,91; IC95% 1,10–3,31); e a um menor IDH de moradia (OC-centro: ORa = 0,97; IC95% 0,94–1,00; OC-periferia: ORa = 0,82; IC95% 0,78–0,86). Na OC-periferia houve aumento na chance de os adolescentes serem mais jovens (ORa = 3,06; IC95% 1,63–5,75) e morarem mais próximos ao serviço (ORa = 0,82; IC95% 0,78–0,86, média 7,8 km). Enquanto adolescentes da OC-centro estiveram associados ao maior conhecimento prévio de PrEP (ORa = 2,01; IC95% 1,10–3,91) e a alta percepção de risco (ORa = 2,02; IC95% 1,18–3,44). Não estiveram associadas aos adolescentes das OC as práticas sexuais de maior risco e as situações de vulnerabilidade ao HIV.
Conclusões: A oferta de PrEP nas OC facilitou o acesso de adolescentes vulnerabilizados e pode contribuir para reduzir inequidades.
OBJETIVO:: Avaliar se adolescentes de minorias sexuais que iniciaram a profilaxia pré-exposição sexual (PrEP) em organizações comunitárias (OC) apresentam maior vulnerabilidade social e ao HIV em comparação com adolescentes em PrEP de um serviço de saúde convencional. Além disso, avaliar se esses adolescentes tiveram um acesso mais oportuno à profilaxia.
MÉTODOS:: Estudo demonstrativo da efetividade de PrEP, realizado na cidade de São Paulo, em duas OC, localizadas no centro (OC-centro) e na periferia (OC-periferia), e em um serviço convencional de testagem para o HIV (CTA-centro). Foram elegíveis para PrEP, entre 2020 e 2022, adolescentes homens cisgêneros que fazem sexo com homens (aHSH), travestis, mulheres transexuais e pessoas transfemininas (aTTrans), de 15 a 19 anos, HIV-negativos e com práticas de maior risco para o HIV. Indicadores de acesso oportuno e de vulnerabilidades dos adolescentes iniciando PrEP nas OC foram analisados, tendo por referência o CTA-centro e empregando regressão logística multinomial.
RESULTADOS:: 608 adolescentes iniciaram PrEP nas OC e CTA-Centro. Adolescentes das OC estiveram associados a um menor tempo de início de PrEP (1–7 dias; OC-periferia: ORa = 2,91; IC95% 1,22–6,92; OC-centro: ORa = 1,91; IC95% 1,10–3,31); e a um menor IDH de moradia (OC-centro: ORa = 0,97; IC95% 0,94–1,00; OC-periferia: ORa = 0,82; IC95% 0,78–0,86). Na OC-periferia houve aumento na chance de os adolescentes serem mais jovens (ORa = 3,06; IC95% 1,63–5,75) e morarem mais próximos ao serviço (ORa = 0,82; IC95% 0,78–0,86, média 7,8 km). Enquanto adolescentes da OC-centro estiveram associados ao maior conhecimento prévio de PrEP (ORa = 2,01; IC95% 1,10–3,91) e a alta percepção de risco (ORa = 2,02; IC95% 1,18–3,44). Não estiveram associadas aos adolescentes das OC as práticas sexuais de maior risco e as situações de vulnerabilidade ao HIV.
CONCLUSÕES:: A oferta de PrEP nas OC facilitou o acesso de adolescentes vulnerabilizados e pode contribuir para reduzir inequidades.